Em 1923, o missionário sueco
Gunnar Vingren, um dos fundadores da Assembléia de Deus no Brasil, fora
informado de que um certo movimento pentecostal começava a alastrar-se
por Santa Catarina. Sem perda de tempo, Vingren deixou Belém do Pará, berço do
pentecostalismo brasileiro, e embarcou para o Sul. No endereço indicado, veio
ele a constatar: “Não se tratava de pentecostes, mas de feitiçaria e
baixo espiritismo”.
Embora fervoroso
pentecostal, Gunnar Vingren não se deixou embair pelo emocionalismo
nem pelas aparências. Ele sabia que nem tudo o que é místico, é
espiritual; pode brilhar, mas não é avivamento. O misticismo
manifesta-se também em rebeldias e mentiras. Haja vista as seitas
proféticas e messiânicas.
Teve o nosso pioneiro, como precavido
condutor de ovelhas, suficiente discernimento para não aceitar
aquele arremedo de pentecostes. Fosse um desses teólogos que colocam a
experiência acima da Bíblia Sagrada, o pentecostalismo autêntico jamais
teria saído do nascedouro.
Entre as manifestações
presenciadas por Gunnar Vingren, achava-se o “cair no poder” que, já
naquela época, era conhecido também como “arrebatamento de espírito”. À primeira vista, impressionava; fazia
espécie. Não resistia, contudo, ao mínimo confronto com as Escrituras. E
nada tinha a ver com as experiências semelhantes que se acham nas páginas da
Bíblia. Irreverente e apócrifo, esse misticismo não se limitou à geração de
Vingren.
Continua a assaltar a Igreja
de Cristo com demonstrações cada vez mais peregrinas e contraditórias. O seu
alvo? Levar a confusão ao povo de Deus. No combate a tais coisas,
haveremos de ser enérgicos, sábios e convincentes. Mas
sempre equilibrados. Através da Bíblia, temos a obrigação de mostrar a pureza e
a essência de nossa crença, e a “batalhar pela fé que uma vez foi dada
aos santos” (Jd 3).
Fonte: Claudionor
Corrêa de Andrade - Revista Defesa da Fé
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