CRÔNICAS

A ESTÓRIA DOS TRÊS MACACOS SÁBIOS

           Uma versão: A Budista

Três Sábios Macacos Katanas

      Desde muito, muito, muito tempo atrás, na remota antiguidade do mundo, existe uma caverna secreta no mais alto monte no Japão, que abriga o Templo dos Três Macacos Sábios ou Três Macacos Katanas. Conta a lenda que os Três Sábios Macacos Sábios chegaram ao arquipélago em um barco que vinha de mares distantes, outros dizem que o barco chegara das estrelas de uma constelação longínqua, quando aquela montanha era um vulcão efervescente. Eles vieram em missão para acalmar o vulcão e ensinarem à humanidade nascente a prática da sagrada arte do uso dos sentidos para combater o mal dentro de nós mesmos. Mizaru, Kikazaru e Iwazaru orientam todos aqueles que se dispõem a aprender tal prática, que só se desenvolve e se educa quando se vive nas próprias comunidades através do exemplo da dedicação, alegria e amor mais puros ao aperfeiçoamento da bondade, a si mesmo e ao próximo. Os Três Sábios Macacos orientam na Luz, no Amor e no Poder da Sabedoria que transforma todo mal no bem. 
        No decorrer de milênios poucos peregrinos conseguiram chegar fisicamente até o local sagrado para, aos pés dos Três Sábios Macacos Katanas, receberem a honra de serem guardiões da Katana, e defenderem a paz e a harmonia entre as pessoas. Pode-se também chegar ao templo todos aqueles que aspiram por ajudarem a evolução da humanidade, através das asas do sono, do sonho e sentimentos e pensamentos mais puros e reais. E isso é o que tem
acontecido ultimamente.
           Acredita-se que esses guardiões foram muito poucos através da história, e os que existiram tiveram uma vida pacata entre os povos, mas plena de exemplos de sabedoria para aqueles com os quais conviviam.
         Sabe-se que os Três Sábios Macacos Katanas recentemente receberam no templo do alto do monte - através do caminho do sonho - prepararam e enviaram novos discípulos aos quatro cantos do mundo, para acompanhar, proteger e seguir adiante na construção de um mundo novo. Esses discípulos estão entre as crianças que fazem tanta macaquice alegremente nos recantos mais diferentes do planeta. Elas estão em todos os lugares e precisamos enxergá-las, ouvi-las e falar com elas e a elas.
            Neste tempo de mudanças e de transição, que não se veja, que não se ouça e que não se fale mais do mal que tantas tristezas trouxe ao mundo. Agora, dizem os Três Sábios Macacos Katanas, o tempo é de se viver com coragem para tudo suportar, perseverança para tudo de bom conseguir, e alegria para tudo reconstruir.


Outra versão: A comum



Os Três macacos que estão no templo em Nikko


          Os macaquinhos, conhecidos como "Três Macacos Sábios", ilustram a porta do Estábulo Sagrado, um templo do século XVII localizado na cidade de Nikko, no Japão. A sua origem é baseada num trocadilho japonês.) “Kikazaru” (o que tapa os ouvidos), “Mizaru” (o que cobre os olhos) e “Iwazaru” (o que tampa a boca), traduzidos como “não ouça o mal”, “não veja o mal” e “não fale o mal”. A palavra saru, em japonês, significa macaco e tem o mesmo som da terminação verbal zaru.  
            Sua origem é baseada em um trocadilho japonês. Seus nomes são mizaru (o que cobre os olhos), kikazaru (o que tapa os ouvidos) e iwazaru (o que tampa a boca), que é traduzido como não ouça o mal, não fale o mal e não veja o mal. A palavra saru, em japonês, significa macaco e tem o mesmo som da terminação verbal zaru, que está ligado à negação.
      Durante as suas viagens por toda a Índia, Gandhi teve sempre uma bagagem muito simples: uma mochila com: lápis, papel, agulha e linha, uma tigela de barro, uma colher de madeira e uma roca. Levava também uma estatueta dos “Três Macacos Sábios”, um com as mãos sobre os olhos, o outro com as mãos sobre a boca e o terceiro com a mão sobre os ouvidos, para lembrá-lo dos três segredos da Sabedoria:

NÃO VEJA O MAL, NÃO OUÇA O MAL, NÃO FALE O MAL.

Independente da versão, se os homens não olhassem, não ouvissem e não falassem o mal alheio, teríamos comunidades pacíficas com paz e harmonia.


PorLEONARDO FRAGA TEIXEIRA



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Crônicas
Parábola da moeda 

    Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia. Um pobre coitado, de pouca inteligência, vivia de pequenos biscates e esmolas.
 Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam a  ele a  escolha entre duas moedas: uma grande de 400 RÉIS e outra menor  de 2.000  RÉIS. Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era  motivo de  risos para todos. 
Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos.
-  Eu sei, respondeu o tolo. "Ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minha moeda”.
Podem-se tirar várias conclusões dessa pequena narrativa.
A primeira: Quem parece idiota, nem sempre é.  

A segunda: Quais eram os verdadeiros idiotas da história?

A terceira: Se você for ganancioso, acaba estragando sua fonte de renda.
         Mas  a conclusão mais interessante é: A  percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma  boa opinião a nosso respeito.  Portanto, o que importa não é o que pensam  de nós, mas sim, quem  realmente somos ! O maior prazer de  um homem  inteligente; é bancar o idiota diante de um idiota que banca o   inteligente. Preocupe-se mais com sua consciência do que com sua reputação.Porque sua consciência  é o que você é, e  sua reputação é o que os outros pensam de você. E o  que os outros  pensam, é problema DELES.